segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um outro mundo é possível... e necessário: O Socialismo!!!

UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA

Um revolucionário lembrado na abertura
do 1º Fórum Social Mundial - 2001

Na luta de classes
todas as armas são boas
pedras
noites
poemas
(Paulo Leminski)

A União da Juventude Comunista (UJC), Juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB) saúda os participantes do Fórum Social Mundial Temático 2012 e propõe debates necessários na construção de mudanças estruturais na sociedade vigente.

Mais uma vez, o Brasil se torna centro de diversos movimentos, entidades e partidos do campo popular de todo o mundo. Estudantes, trabalhadores urbanos e do campo, sem terras, indígenas, negros, mulheres, dentre outros, se unem em um grande evento mundial para denunciar as mazelas produzidas por aqueles que detêm o poder econômico e político.

Vivemos uma conjuntura de crise do capitalismo, porém já há algum tempo o FSM - Fórum Social Mundial deixou de lado sua artilharia contra o modo de produção vigente, ao propor como solução para os crescentes problemas sociais, econômicos e ambientais que afligem a humanidade, um pacto por um capitalismo mais humanizado e sustentável. O capitalismo, para nós Comunistas, hoje, entra em choque com as demandas mais básicas para as necessidades humanas como moradia, saúde, educação, ou seja, é impossível humanizar o capitalismo!!!

A estrutura atual do Fórum Social Mundial é descentralizada, mas quem “dá as cartas” são as ONGs e os grupos social-democratas que dirigem os espaços de organização e debate do Fórum, negando a importância de partidos e organizações revolucionárias, assim como de espaços deliberativos que confrontem a ordem. Entre avisos e faixas de que “Outro Mundo é Possível", não se permite dizer o nome deste outro mundo, nem tão pouco falar em superação do capitalismo, mas falar em igualdade, distribuição mais justa, protagonismo, tudo isso se ouve aos montes. Da Fundação Ford até o Instituto Luis Eduardo Magalhães, a ABRINQ e a ABONG todos estão comprometidos com a integração de culturas, a defesa da Amazônia e com um futuro melhor. Mas que futuro é esse? Com certeza o outro mundo possível e necessário para os trabalhadores não é o mesmo destas organizações e sujeitos que vivem da exploração do trabalho.

Porém, mesmo no clima de dispersão montado por sua organização, o Fórum pode ser válido na articulação de organizações, entidades e pessoas inseridas na luta popular anticapitalista. Para nós comunistas, as lutas pelas necessidades básicas para os trabalhadores como a luta contra as privatizações da saúde e educação, pelo direito a moradia, ao transporte público e barato, pela soberania e paz entre os povos, são lutas que entram em choque com a própria necessidade de expansão dos lucros e interesses dos capitalistas. Por isso, propomos que neste Fórum consigamos articular experiências e lutas concretas que possibilitem edificarmos uma frente política e unitária anticapitalista e anti-imperialista.

No campo da saúde, precisamos fortalecer a unidade de luta e proposição da frente nacional contra a privatização da saúde. Lutar contra a privatização da saúde também representa colocar na ordem do dia a luta por um SUS público, estatal e de alta qualidade. Para a educação, em particular nas universidades, nós da UJC destacamos a necessidade de durante o FSM pensar um projeto de universidade alternativo ao projeto do capital. O projeto hegemônico para a universidade brasileira é global e dinâmico, é nossa tarefa questioná-lo e contrapô-lo, o que exige que trabalhemos não somente a partir de ações pontuais e reativas a seus avanços, mas principalmente a partir da formulação de um projeto alternativo igualmente global. Desta forma, a discussão em torno de uma educação e universidade popular se revela muito mais do que uma oposição às reformas universitárias atuais, visto que se insere na reflexão ativa sobre um outro projeto de sociedade, a ser protagonizado por todos os setores explorados e oprimidos pela sociabilidade vigente.

O chamado à luta popular é uma tarefa árdua e deve ser tratada de maneira criativa valorizando experiências locais ligadas a um projeto global de superação do capitalismo. É neste sentido que convidamos as organizações, entidades e indivíduos a realizar e apoiar atividades paralelas que evidenciem o caráter predatório do capitalismo em crise, a luta anti-capitalista dos povos, na Grécia, em toda Europa e no Oriente, e também a lógica elitista do governo brasileiro de Dilma (PT), que se coloca a serviço da classe dominante, quando beneficia setores do agronegócio, da especulação financeira e do empresariado em detrimento dos trabalhadores.

E não nos furtamos de chamar a atenção de que a humanidade pode caminhar para dois rumos opostos: o Socialismo ou a Barbárie! Por isso afirmamos que um outro mundo é possível... e necessário: o mundo socialista!!!

Um comentário:

  1. T R A B A L H A D O R T A M B É M É B I C H O ! ! !
    O QUE FALTOU NA 14ª CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE E AMEAÇA FALTAR NA RIO +20 E NO FORUM AMBIENTAL TEMÁTICO 2012 DE PORTO ALEGRE

    INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE NAS RELAÇÕES DE TRABALHO E O ECOLOGISMO AMBIENTALISTA :
    A GRANDE LACUNA É UM DISCURSO ECOLÓGICO HEGEMONICO, QUE SE LIMITA A UM CONCEITO AMBIENTAL-PAISAGISTICO DE ECOLOGIA, DE PRESERVAÇÃO DE MANACIAIS, QUE CULPA GENERICAMENTE A HUMANIDADE, ABSOLVENDO DE CULPA OS PROCESSOS PRODUTIVOS INSALUBRES E PERIGOSOS. REIVINDICA A PRESERVAÇÃO DE ESPECIES EM EXTINÇAÕ (MICO LEÃO DOURADO, DAS TARTARUGAS ETC), MAS NEGLIGENCIA O GENOCÍDIO DE HUMANOS DECORRENTE DA INSALUBIDADE E PERICULOSIDADE DAS RELAÇÕES DE TRABALHO QUE, NO BRASIL, MATA DUAS VEZES MAIS DO QUE NA GUERRA DO IRAQUE (14/100 MIL Ha) DE ACIDENTE NO TRABALHO; E QUE NÃO CONSIDERA OS 45 MIL MORTOS NO LOCAL, EM ACIDENTES DE TRANSITO, POR ANO - NA SUA MAIORIA, ACIDENTES DE TRAJETO (EQUIVALENTES AOS MORTOS DO EXERCITO AMERICANO NA GUERRA DO VIETNAM QUE DUROU 10 ANOS).
    PORTANTO, TEMOS NO BRASIL UMA GUERRA DO VIETNAM POR ANO (SÓ EM ACIDENTES DE TRANSITO).
    ESSA OMISSÃO DO DISCURSO ECOLÓGICO É UMA CONIVÊNCIA DE TODOS, INCLUSIVE DA "ESQUERDA", QUE NÃO TEM UMA POLÍTICA QUE ADOTE UM CONCEITO ANTROPOCÊNTRICO DE ECOLOGIA: ECOLOGIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO MUNDO.
    POIS É POSSIVEL, PRODUZIR SERVIÇOS E MERCADORIAS EM GERAL, SEM INSALUBIDADE E COM BAIXA PERICULOSIDADE. MAS O NEOLIBERALISMO NÃO QUER SABER DISSO, NEM SEUS AGENTES TRAVESTIDOS NA "ESQUERDA" ECOLOGICA. TODAS AS POLITÍCAS NESSE ÂMBITO SE SUBMETEM AO CONCEITO DA MONETARIZAÇÃO DO RISCO, REPRESENTADO PELOS ABONOS DE INSALUBIDADE, PAGAMENTO DE FATOR ACIDENTÁRIO E CRÉDITOS DE CARBONO. E PARECE QUE TODO O PENSAMENTO DE ESQUERDA É AMNÉTICO A ESSE RESPEITO.
    TRABALHADOR TAMBEM É BICHO!!!
    A RIO+20 DEVERIA COLOCAR ESSA TEMÁTICA EM PAUTA. E O MOVIMENTO SINDICAL TAMBÉM, AO INVÉS DE REIVINDICAR PAGAMENTO DE FATOR ACIDENTÁRIO, ABONOS DE INSALUBIDADE. A CUT, AO INVÉS DE PAUTAR-SE PELA CRIAÇÃO DE UM BANCO PARA FAZER O SEGURO DE ACIDENTES DE TRABALHO, DEVERIA REIVINDICAR INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE ZEROS, NAS UNIDADES PODUTIVAS, POR CONSEGUINTE, NAS RELAÇÕES DE TRABALHO.
    O SUS, QUE SE DEFINE SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, UNIVERSALIZADO (DESIDERATO CONSTITUCIONAL - ART. 200), NÃO DEVERIA NEGLIGENCIAR OS AGRAVOS À SAÚDE DOS BRASILEIROS REPRESENTADOS PELA INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE DAS RELAÇÕES PRODUTIVAS , QUE MATA , REDUZ A EXPECTATIVA DE VIDA E INCAPACITA MILHARES DE TRABALHADOES NO BRASIL.
    ENQUANTO ISSO, FICA COM O MINISTÉRIO DO TABALHO A GESTÃO DO PCMSO – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (NORMA REGULAMENTADORA 7) - E A EQUIPE DE SAÚDE (MÉDICOS, ENGENHEIROS E ENFERMAGEM DO TRABALHO) SE SUBMETE AO CONSTRANGIMENTO DE CONSTITUIR-SE DE MEROS CAPATAZES NA SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL, A TIRACOLO DO PATRONATO.
    RESULTA, ENTÃO, A FALTA DO CONTROLE SOCIAL DA GESTÃO DO PCMSO, E O ÔNUS EXCLUSIVAMENTE ESTATAL DESSE SISTEMA VICIADO, QUE REPRODUZ O ANTIGO "SERVIÇO MÉDICO" MANTIDO OUTRORA, PELAS EMPRESAS, ANTES DA REFORMA SANITÁRIA E DA CONSTITUINTE DE 1988. O MINISTERIO DA SAÚDE NÃO TEM SEQUER UMA POLÍTICA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA DE SAÚDE DO TRABALHADOR, NEM MUITO MENOS PROGRAMAS DE REHABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO PROFISSINAIS.
    NA 14ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, QUE OCORREU NO DF, ESSA TEMÁTICA FOI SOLENEMENTE OMITIDA.

    (LEIA: "Por uma política nacional de vigilancia epidemiologica e sanitária de saúde do trabalhador" Autor:Amilcar Ximenes - APRESENTADO NA X CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE - DF EM 1996)

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