Banda mostrou posicionamento diante de política racista |
A lista de exigências formulada pela banda deverá ir a leilão na cidade americana de Los Angeles no próximo dia 20 de setembro e a expectativa é de que o documento alcance um um valor de até US$ 5 mil (cerca de R$ 8,6 mil).
O contrato contendo as demandas do lendário grupo de Liverpool mostra que os Beatles tinham um posicionamento claro em relação à política racial discriminatória em vigor nos Estados Unidos, em um momento em que o movimento de direitos civis comandado por Martin Luther King começava a ganhar força.
No ano anterior, Luther King vencera o Prêmio Nobel da Paz por sua campanha pacífica de desobediência civil contra a política segregacionista ainda em vigor em boa parte dos Estados Unidos.
Humildade
O documento com as pré-condições para tocar no Cow Palace, em Daly City, no Estado americano da Califórnia, mostra ainda uma humildade que destoa das listas de exigências feitas por roqueiros atualmente.
O documento, assinado pelo empresário do grupo, Brian Epstein, diz que a banda não iria tocar diante de ''uma plateia segregada'' e solicita um camarim contendo ''quatro camas portáteis, espelhos, um isopor para para guardar gelo, uma TV portátil e toalhas limpas''.
O grupo faz ainda um prosaico pedido por ''eletricidade e água''.
As únicas exigências mais elaboradas foram pedidos de que ''150 policiais uniformizados forneçam proteção'' à banda e a solicitação de ''um palco especial para a bateria de Ringo (Starr)''.
O texto "Beatles se recusaram a tocar para plateia segregada nos EUA" foi originalmente publicado no site da BBC Brasil: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110916_beatles_exigencias_bg.shtml
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